CAMPANHA DE VACINAÇÃO CONTRA O HPV
O Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) estima que em 2014 surjam 15 mil novos casos e 4,8 mil mortes devido ao câncer de colo do útero. Maria do Socorro faz o preventivo todos os anos e, por isso, descobriu o câncer cedo, o que aumenta a chance de cura. “Faço o preventivo sempre e nunca dava nada. Ano passado descobri que estava com o vírus”, comenta.
A psicóloga Geisa Freire Cavalcanti, de 37 anos, soube pela pediatra da filha de 12 anos que haveria a campanha de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS) contra o HPV. “Vai facilitar muito porque o preço da vacina privada é muito caro. Assim que tiver a vacina vou levá-la com certeza. Porque nem todo mundo pode pagar né? Imagina, mil reais? Quem pode pagar?”, questiona Geisa sobre o preço da vacina na saúde privada.
No Distrito Federal, a campanha de vacinação contra o HPV começou em 2013. A servidora pública Simone Gueresi, de 44 anos, aproveitou e vacinou sua filha de doze anos. “É uma oportunidade de evitar o vírus, pois a incidência é muito grande. Se eu tivesse tido essa oportunidade, provavelmente não teria tido o câncer”, ressalta Simone. Ela descobriu que tinha HPV ainda nova e, 20 anos depois, acabou desenvolvendo um tumor no útero.
Médico ginecologista do Hospital do Câncer de Barretos, o Dr. Júlio Possati Resende alerta que a vacina não substitui o exame preventivo do Papanicolau nas mulheres de 25 a 64 anos, tão pouco o uso de preservativos nas relações sexuais.
“Não são todas as mulheres que têm a infecção por HPV que irão desenvolver o câncer. A maioria são infecções benignas. Mesmo essa porcentagem sendo pequena, em termos de saúde pública - como o HPV é muito frequente - a quantidade de mulheres que ainda desenvolvem o câncer de colo uterino não é desprezível. Isso, por si só, justifica a iniciativa da vacinação”, explica o médico Júlio Possati.
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